O edifício dos Paços de Concelho de Silves é um dos mais imponentes da cidade, destacando-se na encosta, junto ao torreão, bem no centro histórico.
Construído em finais do século XIX (a partir de 1884), início do século XX, segundo crêem alguns historiadores e mesmo o Ministério da Cultura, seguindo um projecto de Gregório Nunes Mascarenhas, executado pelo Mestre João Vitorino Mealha, tem, na sua porta principal, uma inscrição com a data de 1889, mas acredita-se que só perto de 1930 terá sido concluído.
Apresenta características do estilo neo-clássico, nomeadamente no seu exterior, com a frontaria triangular, marca significativa deste estilo, bem como volumetria maciça e muito definida por linhas geométricas e simétricas, que lhe dão um aspecto solene e austero, muito característico do neoclassicismo. No seu interior, tem duas zonas de grande beleza: o átrio central, iluminado por uma clarabóia de inspiração mudéjar/mourisca e o salão-nobre, de tectos altos e adornados com motivos florais dourados, mais uma vez caracterizados pela grande volumetria e pela geometria/simetria do espaço.
Designam-se, habitualmente, por Paços do Concelho os edifícios sede dos municípios portugueses, onde se instala a sede da Câmara Municipal, bem como outros serviços e órgãos municipais. Esta situação também se verifica em Silves.
Até ao século XIX, nos Paços do Concelho funcionavam, habitualmente, a cadeia municipal e o tribunal local. No caso de Silves, o Tribunal local esteve instalado neste edifício até 2005, altura em que se concluíram as obras do actual Palácio da Justiça.