O Município de Silves, através do seu Museu Municipal de Arqueologia, recebe aquela que é a 6.ª edição das Jornadas da Rede de Museus do Algarve. Sob o mote “Desafios do Património Cultural Imaterial: Comunidades, Sustentabilidade e Diversidade”, a iniciativa terá lugar no dia 17 de novembro, na FISSUL, em Silves.
Fazer um balanço crítico dos 20 anos da Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial da UNESCO (2003 - 2023) e refletir sobre os desafios que se colocam aos museus, na sua relação com as comunidades, num múltiplo olhar nacional, regional e local são os principais objetivos destas jornadas.
O encontro reunirá especialistas de todo o país ligados não só ao meio autárquico e museológico, mas também à comunidade universitária e DGPC, entre outros; num debate único sobre os desafios que se colocam ao Património Cultural e Imaterial (PCI), nas suas mais diversas vertentes; não esquecendo o enquadramento institucional e políticas relativas ao PCI; a sustentabilidade das manifestações de PCI e o papel das comunidades na salvaguarda; a relação entre o PCI e o turismo; terminando com uma mesa redonda que discutirá as realidades e experiências do PCI no Algarve.
O período de inscrições decorre até 15 de novembro, devendo as mesmas ser formalizadas aqui.
As 6.as Jornadas da Rede de Museus do Algarve são uma iniciativa promovida pela Rede de Museus do Algarve, Município de Silves e Museu Municipal de Arqueologia de Silves.
O programa completo poderá ser consultado e descarregado no final desta página.
+ info:
telefone: 282 440 854 (chamada para a rede fixa nacional)
email: rede.museusdoalgarve@gmail.com | patrimoniocultural@cm-silves.pt.
+ sobre o enquadramento das 6.as Jornadas da Rede de Museus do Algarve
A Convenção assume o Património Cultural Imaterial (PCI) como gerador da diversidade cultural e garante do desenvolvimento sustentável.
Estes princípios têm-se refletido no desenvolvimento de políticas públicas – onde se inclui a criação de um quadro legal e instrumentos de salvaguarda – e na valorização cultural, social e económica das manifestações do PCI e dos seus detentores, sejam eles, comunidades, grupos ou indivíduos (CGI).
Estas ações têm vindo a considerar as contradições e ameaças à continuidade e transmissão das manifestações de PCI (ex. a sua viabilidade económica, a transformação profunda das paisagens e contextos sociais associados, as alterações climáticas, a turistificação, entre outras), visando a promoção de um desenvolvimento sustentável centrado no património cultural e natural, enquanto bem comum que responda às necessidades do presente, sem comprometer a satisfação das futuras gerações.
Assinalar as duas décadas da Convenção constitui um momento de balanço das visões, políticas e práticas que nela se baseiam, das ameaças à transmissão do PCI, assim como dos impactos sociais da sua patrimonialização nas comunidades, e o papel dos museus enquanto entidades inclusivas, empenhadas na diversidade cultural, nas iniciativas de proximidade, no bem-estar e melhoria de vida das populações.